terça-feira, 29 de junho de 2010

iPhone com giroscópio

Parece ser legal ter um giroscópio incorporado no seu próximo smartphone, não?
Mas, enquanto a Apple se vê obrigada a suspender a pré-venda do iPhone 4, com a alegação quase bizarra de excesso de interessados, você pode estar se perguntando: para o que mesmo é que vai servir esse giroscópio?
"It's just perfect for gaming," disse Steve Jobs durante a apresentação do novo recurso. Mas pode ser mais do que isso.
Posicionamento a toda prova
Os smartphones atuais já contam com bússola, acelerômetro e GPS, o que é suficiente para apontar o norte magnético, indicar a posição exata em qualquer ponto do planeta e sentir qualquer movimento - para cima e para baixo, de um lado para o outro e para frente e para trás.
"Mas [o acelerômetro] não sabe como o celular foi girado ao redor do seu eixo," lembrou Nick Black, em entrevista à revista New Scientist. "A bússola sabe para onde o aparelho está apontado - mas apenas ao longo de um plano. Ela não consegue lhe dizer se ele está apontando para baixo ou para cima."
Em outras palavras, se o seu celular fosse um avião, ele lhe indicaria corretamente para onde você está voando, mas não lhe ajudaria a inclinar para fazer curvas.
A dica foi suficiente para lembrar-lhe dos simuladores de voo? Exatamente isso. Os ainda pré-proprietários do novo iPhone poderão usar, para controlar seus aviões virtuais, a mesma tecnologia que os pilotos usam para controlar os aviões de verdade: o giroscópio.
Realidade ampliada
Mas Black aponta que talvez seja na realidade ampliada que virão os maiores benefícios.
O GPS e a bússola dos aparelhos atuais determinam a posição e a orientação do celular. Assim, quando o usuário aponta a câmera do iPhone para um restaurante, por exemplo, avaliações do estabelecimento podem ser sobrepostas à imagem.
Mas se usuário girar o telefone, qualquer texto ou imagem virtual gerados pela realidade ampliada vai desconectar-se da imagem. Isto não vai mais acontecer com o uso do giroscópio.
Microgiroscópio
O giroscópio não é nenhuma novidade: inventado no século 19 pelo alemão Johann Bohnenberger, ele é parte integrante do sistema de controle de todos os aviões.
A novidade são os microgiroscópios, como os que equipam o iPhone 4. Enquanto os giroscópios dos aviões são compostos por conjuntos complicados e pesados de rodas girando em alta velocidade, o microgiroscópio é um MEMS, um sistema microeletromecânico super miniaturizado que custa menos de US$3 a unidade.
Construído no interior de um microchip de silício, o microgiroscópio consiste de uma série de "forquilhas" metálicas, cada uma com uma frequência de ressonância que muda conforme giram, estabelecendo a orientação precisa do dispositivo em três dimensões.
Segundo a revista EE Times, todos os vendedores de smartphones afirmaram que seus modelos também virão equipados com giroscópios até o Natal de 2010.

USP cria sistema de criptografia caótica para a internet

Pesquisadores da USP de São Carlos e de Ribeirão Preto desenvolveram um novo sistema de criptografia que promete maior segurança às transações bancárias e no comércio via internet.
A iniciativa irá dificultar a ação de hackers e espiões em suas tentativas de quebrar códigos de segurança na internet, por exemplo. A criptografia também é importante na codificação de arquivos em notebooks, que podem ser perdidos ou roubados.
"O sistema é inovador porque combina o método tradicional de criptografia com uma parametrização dinâmica obtida de sistemas caóticos. Até onde sabemos, é a primeira vez que esta abordagem foi feita. Com isso, conseguimos produzir um algoritmo computacional com melhorias na segurança e também na velocidade", afirma o professor Odemir Martinez Bruno, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP.
"Um dos aspectos inovadores do novo sistema é justamente a integração entre os conceitos da física e matemática à computação", afirma Bruno, lembrando que o novo método está em processo de obtenção de patente.
Como a criptografia funciona
O professor explica que a criptografia embaralha letras, números e símbolos para codificar textos e somente pessoas autorizadas podem decodificar e recuperar o texto original. Tradicionalmente, a criptografia utiliza operações lógicas ou aritméticas simples para o embaralhamento.
Na prática, quando um usuário digita os dados de seu cartão de crédito numa transação comercial via internet, as informações são "embaralhadas" de maneira que um invasor não consiga decifrar os códigos. "Somente o banco será capaz de decifrar as informações", explica o professor.
No entanto, hoje em dia boa parte dos algoritmos aplicados na criptografia já foram quebrados. "Esse duelo entre códigos estabelecidos e os que tentam quebrá-los dura mais de dois mil anos. Tanto que a criptografia foi amplamente usada em operações militares. Muitas batalhas e mesmo guerras, foram vencidas ou perdidas pelo sucesso ou fracasso da criptografia", lembra o pesquisador.
"Atualmente, a criptografia desempenha um importante papel na economia moderna. Ela é responsável por garantir a segurança nas transações comerciais em meios eletrônicos, por exemplo", descreve Bruno.
Efeito borboleta
Pesquisas envolvendo a criptografia e sistemas caóticos já foram objeto de estudos e, nas últimas décadas, algoritmos de criptografia baseados na teoria do caos foram criados. Entretanto, esses algoritmos apresentavam severas limitações, tornando-os inseguros e demasiadamente lentos para aplicações comerciais.
Mas, o sistema desenvolvido pelos pesquisadores da do IFSC e da FFCLRP permite maior agilidade nas operações com os algoritmos e o embaralhamento é maior. "A combinação feita entre a criptografia tradicional e sistemas caóticos permitiu melhorias na segurança e maior velocidade", explica Bruno.
A teoria do caos explica o comportamento aparentemente errático e imprevisível de determinados sistemas naturais. Esses sistemas são não-lineares e seu comportamento depende fortemente de como são inicializados.
Nos sistemas caóticos, pequenas diferenças são fortemente amplificadas. Isto é bem ilustrado pelas correntes de ar atmosféricas, onde o bater de asas de uma borboleta em São Paulo pode produzir uma nevasca em Moscou - o chamado efeito borboleta.
Criptografia caótica
O sistema caótico produz uma sequência de números pseudoaleatório. Se os parâmetros iniciais do sistema caótico forem exatamente os mesmos, a sequência será sempre a mesma.
Na criptografia caótica, utilizada pelos pesquisadores brasileiros, estas sequências são utilizadas para embaralhar as mensagens.
O projeto teve início há cerca de três anos e possibilitou a criação do Grupo de Criptografia. Além do professor Odemir Martinez Bruno, integram o grupo o professor Alexandre Souto Martinez, do Departamento de Física e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFLCRP) da USP, e o bolsista Anderson Gonçalves Marco.
A pesquisa está em fase final e a Agência USP de Inovação busca empresas interessadas em licenciar o produto.








"Há falta de oxigênio e sol
dentro do mundo jurídico.
O direito não amanhece.
Não chove.
Dentro do direito não transitam nuvens
e nem sopram ventos.
As entidades do mundo jurídico não têm carne
e nem temperatura.
Jamais foi escutado canto de pássaro
dentro do Código Florestal
ou vislumbrado peixe no Código das Águas.
Da lei brotam artigos, parágrafos, alíneas, remissões.
Sequer uma flor ou ramo verde.
A vida do animal humano é muito curta
e eu só tenho uma.
Entre o direito e a abóbora
eu optei pela abóbora."
Alfredo Augusto Becker,
in "Carnaval Tributário"
Dia 29 de junho é dia de São Pedro, um dos doze apóstolos de Cristo. Comemora-se também nessa data o dia do pescador e o dia do Papa, isso porque São Pedro foi o primeiro Sumo Pontífice da Igreja Católica e é considerado o santo protetor dos pescadores.

Há 52 anos, o Brasil ganhava sua primeira Copa do Mundo. A seleção canarinho sagrou-se campeã vencendo a anfitriã Suécia com um placar de 5 a 2, em 29 de junho de 1958.