terça-feira, 29 de dezembro de 2015

TOQUE DE SILENCIO

Toque de Silêncio...Il Silenzio

Família Semmler

Família Semmler
Dando sequencia às publicações da série „Nós Contamos a Sua História“,  hoje um pouco da história da família Semmler, segundo relato enviado por José Carlos Semmler:
"O que sei sobre meu bisavô August Semmler é que ele nasceu em Berlim, no ano de 1840, e faleceu em Piracicaba-SP, no ano de 1906. Na Alemanha ele era fabricante de implementos agrícolas. Quando imigrou para o Brasil veio com sua esposa Emilia Artus e trouxe alguns filhos ainda crianças. Depois teve outros filhos no Brasil. Meu avô Rodolfo Semmler nasceu em Berlim, no ano de 1876 e faleceu no Brasil em 1942. Ele casou-se no Brasil com Maria Izabel Ferraz, de orígem portuguesa. Até hoje não foi possível saber o navio no qual eles vieram. Nas listas de desembarque não encontramos nenhum registro.
Aqui no Brasil eles adquiriram terras na região de Piracicaba-SP, onde foram cafeicultores até 1929, quando ocorreu a crise e a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, afetando os produtores brasileiros.
A maior dificuldade que meu avô e todos os imigrantes alemães passaram aqui no Brasil foi na 2ª guerra mundial, quando o Brasil cortou as relações com a Alemanha e aliou-se aos EUA. Eles tiveram que fugir e se refugiar na mata para não serem aprisionados. No mato eles tinham que ficar em silêncio e abafar o choro das crianças. Muitos foram presos e torturados, pois passaram a ser considerados inimigos".

Família Deters

Família Deters
Dando sequencia às publicações da série „Nós Contamos a Sua História“, hoje um pouco da história da família Deters , segundo relato enviado por Odair Deters:
„Entre os séculos XIX e XX, muitos Deters migraram para o Novo Mundo, praticamente todos para os Estados Unidos da América. Mas Franz Deters, nascido em Steinfeld, Baviera, não seguiu o destino dos demais.
Em 1926, embarcou com sua família, no navio Werra da companhia Norddeutscher Lloyd, que fazia então o serviço Bremen-La Plata. Para partida, escolheu o alegre verão europeu, a grande embarcação partiu com 184 passageiros, praticamente metade da sua capacidade. Sendo que dos 184 passageiros, 12 representavam a família de Franz Deters. A família de Franz Clemens Deters, era composta por sua segunda esposa Maria Elisabeth Pölking e seus 6 filhos (Anton, Elisabeth, Clemens, August, Georg e Karl), mais os 4 dos 5 filhos do primeiro casamento (Bernard, Heinrich, Ana e Frantz). Um dos filhos, Josep, o mais velho de todos, seguindo o coração, não quis se desligar de sua paixão e ficou com a amada na Alemanha.
Foram 21 dias no mar, compartilhando o espaço com passageiros de 14 diferentes nacionalidades, com uma passagem por Nova Iorque, antes da descida ao hemisfério Sul. Desembarcaram no porto de Rio Grande, RS, no período em que ocorria o ponto mais alto da imigração alemã no Brasil, a década de 20 a de 30, período em que cerca de 75.000 outros alemães também vieram.
Após a chegada foram diretamente para o campo, assim como os primeiros alemães que aqui chegaram, um século antes. Os Deters, inicialmente foram para Santo Ângelo, RS, posteriormente pelas condições políticas impostas na Era Vargas, participaram da Sociedade União Popular ou “Volksverrein” e promoveram a colonização do extremo Oeste Catarinense, por germânicos católicos, hoje, município de Itapiranga, SC, onde encontrariam propriedades que permitiram o desenvolvimento das famílias, e mais segurança pela predominância de outros conterrâneos.
Os primórdios exigiram muito trabalho, um deles foi a extração de madeira, comercializada através do rio Uruguai, permitindo em 1945 a aquisição de um caminhão e o que exigiu que eles mesmos passassem a abrir estradas. Alguns filhos retornaram posteriormente para Santo Ângelo, na “Colônia Velha”, assim chamado o Estado do Rio Grande do Sul, pelos alemães. Este retorno objetivou reaver as propriedades compradas pela família em 1926. A partir daí desenvolveram-se as famílias Deters, tanto na região das Missões, RS, como no Oeste Catarinense.

A geração dos netos de Franz Deters passou a migrar para a área urbana, hoje, somam-se mais de 300 descendentes, que já realizaram dois encontros da família, identificando assim que os Deters estão residindo atualmente em diversas regiões do Brasil, e dispersos nas mais diversas profissões, entre elas: professores universitários, bancários, cientistas da computação, engenheiros, pedagogos, servidores públicos, comerciantes, entre outras, além-claro, de muitos que seguem desenvolvendo atividades no meio rural, todos, assim como, Franz Deters, o patriarca, em busca de seus sonhos pessoais, colaborando assim para o desenvolvimento do lugar onde vivem“.





Família Branger

Família Branger
Dando sequencia às publicações da série „Nós Contamos a Sua História“, hoje um pouco da história da família Branger:
"A família Branger tem sua origem em Magdeburg, cidade localizada as margens do rio Elba, no norte da Alemanha. Partiram para o Brasil no ano de 1875, professando a fé luterana, Johann Heinrich
Branger, sua esposa Caroline Schäfer e dois filhos Karl Friedrich Branger e Joahnna Branger. Ao chegar ao Brasil, foram enviados a Santa Catarina, onde se estabeleceram na Colônia Angelina. Em Angelina no ano de 1897, Karl Friedrich Branger casou-se com Adelaide Carolina Joana Laura Bourdot, Filha de Alexander Ferdinand Bourdot e Christiana Friederika Auguste Werlich; e dessa união nasceram os filhos: Lidya, Cristiano Júlio, Leopoldo, Evaldo e Bernardino.
Após seis anos, isto é em 1903, mudaram-se para a localidade de Campo Novo/Bom Retiro-SC, onde permaneceram por dois anos. Então se mudaram para a localidade de Campo do Maracujá/Rancho Queimado-SC, aonde a primeira filha do casal – Lidya Branger veio a falecer aos quatorze anos. Após negociar o terreno e vendê-lo, o senhor Karl Friedrich acabou esbanjando o dinheiro da propriedade vendida, vindo assim sua família padecer necessidades. Sem terras para trabalhar e sem abrigo, sua família fora obrigada a procurar refúgio nos ranchos de tropeiros estabelecidos às margens da estrada.
Em 1913 a família Branger novamente retornou a Bom Retiro, se estabelecendo no atual centro da cidade. Como não tinham terras para trabalhar, da qual poderiam obter o sustento, foram inúmeras as dificuldades enfrentadas. Após se mudarem para Rio Rufino-SC, onde permaneceram por um breve período, se estabeleceram na localidade de Pedra Branca/Alfredo Wagner-SC, Assim sendo, após vários anos de labutas e duras perdas, adquiriam terras com muito sacrifício na Colônia Militar Santa Theresa.
Em 1932 Evaldo Branger conheceu sua esposa Selma Felau, já Adventista que morava na localidade de Fundos de São João/Bom Retiro-SC; e então, em nome do amor, mas convicto da verdade, abraçou a fé e a esperança que ardia no coração de sua amada. Com a aceitação da verdade por parte de Evaldo, seus irmãos Leopoldo e Bernardino foram também alcançados pela mensagem. Entre os membros da família Branger destacamos o Pastor Euri Branger".

Família Kuz

Família Kuz
Dando sequencia às publicações da série „Nós Contamos a Sua História“,  hoje um pouco da história da família Kuz, segundo relato enviado por Renate Lange:
"Meu nome é Renate Maria Kuz Lange, nascida em 1947,na cidade de Passau, Alemanha. Vim para o Brasil com minha família, meus pais Therezia Kuz e Petro Kuz, e meus irmãos Rudolf e Gerald, em 1949, no pós guerra.
Somos imigrantes alemães. Viemos de vapor da Itália e chegamos no estado do Rio de Janeiro, de onde fomos transferidos para a Bahia, e depois para São Paulo, onde nos estabelecemos na cidade de Campinas. Lá fomos criados, eu me casei e nasceu também meu terceiro irmão,Pedro.
Lange é o nome de família de meu esposo que também é descendente de alemães. O primeiro Lange desembarcou no Rio Grande do Sul nos anos de 1800, e se ramificaram em SC e PR. Hoje resido na Bahia,mas não esqueço minhas raízes e tenho muito orgulho de ser alemã!"