sexta-feira, 13 de julho de 2012

VELHICE FEMININA

VELHICE FEMININA



Acho bom ler e levar a sério, principalmente as coisas que parecem mais desagradáveis. Como tou ficando velha, é capaz de receber e-mail com este texto, dizendo que foi escrito por Luis Fernando Verissimo e nem lembrar que fui eu que escrevi:



1. Aceite a velhice, recuse metáforas. “Terceira idade”, “melhor idade” é a p*#@* q*#@ *#riu!!!. Ser velha não é crime, é apenas constrangedor e a última sacanagem que o Criador comete contra nós.



2. Viva com inteligência o tempo de vida útil que lhe resta. Viva a sua vida, não a dos seus filhos, netos e/ou marido (se é que ainda há algo que possa ser chamado disso). Tenha seus próprios interesses e projetos. Ainda se tem direito aos sonhos. Aliás, em breve teremos direito só aos sonhos.



3. Coma menos, beba menos e fale menos. Velhas magras, sóbrias e contemplativas são menos doentes e chatas.



4. Poupe seus familiares e amigos (para aquelas que ainda tem alguns) de conversas sobre o passado, doenças e dinheiro. Estes assuntos devem ser tratados, só e somente só, com seu psicoterapeuta. Em caso de emergência, a exceção é aquela sua amiga que já teve dois AVC’s e não tem condições de reagir.



5. Não aborreça ninguém com os relatórios das suas viagens. As viagens de velhas são interessantes só pra elas mesmas. Aprenda a ser concisa, comente apenas o destino e a duração da viagem. Se por algum milagre, alguém perguntar mais alguma coisa, procure responder com monossílabos.



6. Escolha um bom médico. Ele, sim, vai ser seu pai, irmão, marido e amigo querido. Não se automedique. Não há nada mais irritante do que velha metida a curandeira.



7. Não arrisque cirurgias plásticas rejuvenescedoras. A chance de ficar mais feia é altíssima e a de ficar mais jovem é baixíssima.



8. Use seu dinheiro com critério. Gaste em coisas importantes e evite economizar demais. Para que deixar herança para noras e genros que mal lhe aturam ou sobrinhos e netos que mal lhe conhecem?



9. Velhice não nos dá o direito de ser mal educadas. Nada de falar de boca cheia, emitir sons e odores indesejáveis, cutucar dentes, etc.. Atenção redobrada se você já não era nenhuma dama na juventude. Casca grossa só piora depois de senil.



10. Faça uma guerra sem descanso aos farelos que insistem em se alojar nos cantos da sua boca (nos velhos, eles preferem o queixo). Você notou que tem sempre um filho de plantão passando um guardanapo na boca das mães velhas?!!



11. Só masque chiclete na ausência de testemunhas. Não corra o risco de acharem que você já está ruminando ou falando sozinha.



12. Pense muitas vezes antes de se aposentar. Trabalhar tem muitas vantagens, além do dinheiro. A principal delas é para sua família: são seus colegas de trabalho que vão ter que lhe aguentar a maior parte do tempo.



13. Cuidado com a nostalgia e o otimismo. Velhas tristes são chatíssimas. Velhas alegres demais, mais ainda. Não se ofereça para ir a carnaval fora de época com seus sobrinhos. Fora de época, é você. Não tenha certeza de que vai ser uma companhia agradável em acampamentos, raves e shows de rock. Um ataque cardíaco pode acabar

com a festa de todo mundo.



14. Se foi mística, esotérica ou engajada na juventude, controle-se. As pessoas lhe aguentavam quando os hormônios estavam a seu favor, agora elas podem querer realizar o desejo de matá-la que tinham no passado, para acabar com a tortura das suas pregações.



15. Leia muito. Ainda há tempo para gostar de aprender. Velhice pode trazer experiência, não sabedoria. Ter um livro sempre à mão também serve para o caso de sua surdez não permitir acompanhar a conversa. Todos vão adorar não ter que repetir aos gritos resposta a perguntas “sem noção”.



16. Tenha o máximo de cuidado com a higiene. Velha fedida é duro de aguentar. Ah, cheirando a perfume francês vencido, também.



17. Não acredite nas colegas otimistas que dizem que não tem nada demais em usar minissaias, fio dental, figurinos sadomasoquistas ou decotes provocantes. Têm sim, eles provocam atentado à estética. E riso descontrolável, também.



18. Cuidado com a maquiagem. Já notou que velhas vão ficando parecidas com velhos e ambos com travestis? Maquiagem pesada só serve para reforçar o personagem.



19. Seja avó do seus netos, não mãe ou babá. Por isso nem pense em educá-los ou em comprometer seu tempo com as tarefas chatas de ir buscar na escola, festinhas, natação, inglês, etc.. Ser folguista de babá, nem pensar!!! Se a sua nora for chata, esta é a chance perfeita de sacaneá-la, deixando que ela faça sua obrigação de

mãe. Não tenha remorso, por mais que você se esforce nunca vai conseguir sacaneá-la mais do que ela a você. Lembre-se de que agora seu filho deve obediência a ela e não mais a você.



20. Se alguém perguntar como vão seus netos, não precisa contar tuuuuuuuudo! Evite discorrer sobre sua (deles, óbvio!!) inteligência excepcional, beleza rara, fantásticas habilidades esportivas e genialidade com a tecnologia. Lamento informar que todos eles são iguais e assim, agora.



21. Não seja uma sogra chata, gratuitamente. Só se tiver um bom motivo. Lembre-se de como era a sua (ou as suas) e passe a limpo. Agora que você já sacou que não tem como mudar seu marido, cuidado para não apontar as armas para as noras e genros. Falar mal deste tipo de gente é deplorável. Se tiver genro, dê sempre razão a ele, se sua filha for um pé no saco. Lembre-se que, para implicar com ela, ele vai sempre lhe defender quando ela comentar como você é chata, controladora, antiquada, desinformada, espaçosa, blá, blá....



22. Seja machista. Ainda é tempo. Caímos no conto do feminismo e nos lascamos.



23. Nunca, nunca, nunca mesmo, visite seus filhos sem que seja convidada, pelo menos 3 vezes.



24. Cuidado ao atender o telefone. Se responder “Estou levando a vida como Deus quer”, quando lhe perguntarem “Como vai?”. Isto pode provocar um problema irreversível na sua linha telefônica, ela pode ficar muda por semanas. Você vai ver que as ligações dos amigos e filhos vão rarear, cada vez mais. Se quiser que a linha dê um “tilt” para sempre, pode responder aos seus filhos com a simpática frase: “Ah, lembrou que tem mãe?”. Mesmo que eles lembrem, vai ser difícil telefonar prá você.





Esta lista pode ser usada como teste (mulheres adoram testes) para saber seu grau de “sem-noçãozice”. Mas se você for chata mesmo, pode aplicar nas suas amigas. Não confesso meu grau, nem sob tortura. Mas confesso que já fiz alguns estudos de caso. Acredito piamente que vaso ruim não quebra e tento ficar cada dia pior. Afinal velha é que nem palhaço, se alegra vendo o circo pegar fogo.



Se não mandar e quebrar a corrente, o castigo vem na hora, porque velha decrépita é alvo fácil até para corrente imbecil. Salvem o planeta e passem adiante!



(Anônimo)



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cantinho Vegetariano: Ibama apreende carne de tartaruga com Secretário d...

Cantinho Vegetariano: Ibama apreende carne de tartaruga com Secretário d...: Ele foi multado em R$ 5 mil e vai responder por infração ambiental. Secretário diz que carne não era dele. O Instituto Brasileiro do M...

domingo, 10 de junho de 2012

HISTÓRIA DO TREM

Acredita-se que o jesuíta belga Ferdinand Verbiest tenha sido um dos precursores do trem ao idealizar em 1681, em Pequim, uma máquina auto propulsora a vapor. Em 1769, Joseph Cugnot, militar francês, construiu em Paris uma máquina a vapor para o transporte de munições. Após várias tentativas fracassadas, Richard Trevithick, engenheiro inglês, conseguiu em 1804, construir uma locomotiva que fora capaz de puxar cinco vagões com dez toneladas de carga e setenta passageiros à velocidade vertiginosa de 8 km por hora.




Outro inglês, John Blenkinsop, construiu uma locomotiva em 1812 que usava dois cilindros verticais, capazes de movimentar os dois eixos, unidos a uma roda dentada que faziam acionar uma cremalheira. Esta máquina usava também carris de ferro-fundido, que vieram a substituir definitivamente os trilhos em madeira usados até então. Estes trilhos ou linhas de madeira haviam sido desenvolvidos na Alemanha por volta do ano de 1550 e serviam carruagens que eram puxadas por animais, principalmente por cavalos, mas também por vezes, à força de braços.



No entanto, o grande passo para o desenvolvimento da locomotiva e do trem, por consequência, foi dado por George Stephenson. Este inglês, mecânico nas minas de Killingworth, construiu a sua primeira locomotiva a quem chamou Blucher, em 1814. A Blucher, que se destinava ao transporte dos materiais das minas, conseguiu puxar uma carga de trinta toneladas à velocidade de 6 quilômetros por hora. Stephenson viria a construir a primeira linha férrea, entre Stockton e a região mineira de Darlington, que foi inaugurada em 27 de Setembro de 1825 e tinha 61 km de comprimento; quatro anos mais tarde, foi chamado a construir a linha férrea entre Liverpool e Manchester. Nesta linha foi usada uma nova locomotiva, batizada Rocket, que tinha uma nova caldeira tubular inventada pelo engenheiro francês Marc Seguin e já atingia velocidades da ordem dos 30 km/hora.



No início do século XIX, as rodas motrizes passaram a ser colocadas atrás da caldeira, aspecto que permitiu aumentar o diâmetro das rodas e, consequentemente, o aumento da velocidade de ponta. O escocês James Watt, com a introdução de várias alterações na concepção dos motores a vapor, designadamente na separação do condensador dos cilindros, muito contribuiu também para o desenvolvimento dos caminhos de ferro. A partir daqui, a evolução do trem e das linhas ferroviárias tornou-se efetiva, transportando o progresso à volta do globo. Na metade do século XIX já havia milhares de quilômetros de vias férreas por todo o mundo: na Inglaterra, 10 mil; nos EUA, 30 mil. Neste último, com a colonização do Oeste, esta cifra atingiu mais de 400 mil quilômetros no início do século XX.



Num ápice, as locomotivas passaram do vapor à eletricidade. No dia 31 de Maio de 1879, Werner von Siemens apresentou na Exposição Mundial de Berlim a primeira locomotiva elétrica. No entanto, o seu desenvolvimento só foi significativo a partir de 1890, mantendo-se a sua utilização até aos nossos dias. A invenção da locomotiva elétrica não é pacífica: há quem atribua igualmente esta invenção tanto ao norte americano Thomas Davenport como ao escocês Robert Davidson.



Nos fins do século XIX, Rudolf Diesel inventou o motor de injeção a diesel e com ele novas locomotivas foram desenvolvidas usando esta nova tecnologia; foram também criadas locomotivas que utilizavam os dois conceitos (elétrico e diesel), sendo por isso bastante versáteis. Estas máquinas começaram a ganhar terreno às velhinhas locomotivas a vapor que, no entanto, se mantiveram na ativa até 1977, ano em que foram definitivamente afastadas, acusadas de serem causadoras de diversos incêndios.



Mais recentemente foram desenvolvidas também locomotivas com turbinas a gás e com elas, chegamos aos trens de alta velocidade, capazes de atingir os 300, 400 e mais quilômetros por hora, designadamente em condições de testes.



A França foi o maior impulsionador deste tipo de trem, com o seu TGV “Train Grand Vitesse”; em 23 de Setembro de 1981 foi inaugurado o primeiro traço da linha Paris – Lyon e em 3 de Março de 2007, um TGV passou a atingir os 574,8 km por hora na nova linha Paris-Estrasburgo, batendo o anterior recorde de velocidade ferroviário que era de 515 km/h. Em 1993 é inaugurada a linha que une Paris à Bélgica, Holanda, Alemanha e ao Reino Unido através do Túnel da Mancha.



A França continua sendo a maior impulsionadora dos trens de alta velocidade, mas não foi o primeiro país a introduzi-los: 17 anos antes, no dia 1 de Outubro de 1964, os japoneses inauguraram a sua primeira linha de alta velocidade, ligando Tóquio a Osaka com as famosas locomotivas Shinkansen.



O trem de levitação magnética, mais conhecido por Maglev, são as últimas novidades na tecnologia ferroviária, embora a primeira patente de um trem de levitação magnética tenha sido registrada em 1969.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trem



Achados arqueológicos modernos - Carros antigos.

ESPN.com.br Limite - fnm historia

O som dos eternos e lendarios flechas!!!

SUPERCHARGED JET WARS @ M.I.R.

Top fuel bikes at Veidec Nitro Festival 2010

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Paco De Lucia - Tico Tico (Complete Video)

Rod Stewart - You're in my heart

Stevie Wonder Superstition

Aretha Franklin ''Walk On By''

Loves Theme - Barry White

Barry White - My First My Last My Everything - Lyrics

Rhapsody in White - Barry White

Barry White - Can't get enough of your love baby

Al Green-Lets Stay Together

Stevie Wonder - Yester me Yester you Yesterday

RAY CHARLES "I Can't Stop Loving You"

RAY CHARLES "I Can't Stop Loving You"

"I'll Never Love This Way Again" Dionne Warwick

Dionne Warwick I Say A Little Prayer 1967 Original Million Seller

Aretha Franklin - I say a little prayer ( Official song ) HQ version , P...

The Platters - Only You

Frank Sinatra My Way

What a wonderful world - LOUIS ARMSTRONG.

THE MAMAS AND THE PAPAS - CALIFORNIA DREAMIN (LIVE) STEREO SOUND HD

The Mamas & Papas - San Francisco (Be Sure To Wear Flowers In Your Hair) -

The Mamas & The Papas - Monday Monday

terça-feira, 8 de maio de 2012

Mauricio de Sousa






“ÀS 3H DA MANHÃ, ME EXPULSAM DA EMPRESA!”



07.maio.2012
11:51



Mauricio de Sousa fala sobre Twitter, Neymar, China e HQs para adultos




Mais de meio século de pura inquietação. Aos 76 anos, Mauricio de Sousa não para desde aquele remoto 1959, quando publicou a primeira tirinha – estrelada por Franjinha e o cachorro Bidu. Atualmente, o criador da Turma da Mônica (ele é chamado de Walt Disney brasileiro, mas não curte muito…)vem dedicando boa parte de seu tempo ao Twitter, onde já arregimentou quase 200 mil seguidores – “uso muito, adoro a concisão”, explica. “Só saio da internet de madrugada, quando o pessoal aqui da empresa me expulsa do prédio!” A Mauricio de Sousa Produções, diga-se, acaba de estrear nas redes sociais – “estava na hora de estreitar laços com os nossos leitores”.



Paulista de Santa Isabel, ele tem investido em outras frentes desde que trocou a Editora Globo pela Panini, em 2007. Além dos gibis tradicionais, criou um fenômeno de vendas chamado Turma da Mônica Jovem (em estilo mangá), entrou de cabeça no mercado asiático, prepara lançamento de game para Facebook do Chico Bento, comemora a versão graphic novel de seus personagens (que deve estrear no mercado europeu) e anuncia novos capítulos da parceria com Osamu Tezuka (criador do Astroboy) e a série de desenhos animados Turma da Mônica Toys, desenvolvida para smartphones e tablets.



Sem contar o Neymarzinho (ou Neymar Jr., o nome ainda não foi definido), cujo gibi estará nas bancas no segundo semestre; e seu mais novo personagem, baseado no maestro João Carlos Martins, que ensinará música clássica para as crianças nas histórias da Turma.



Sobre o fechamento do Parque da Mônica, no Shopping Eldorado, em 2010? Nem quer saber. Prefere falar da construção de um novo parque temático, no Ceará, a ser inaugurado antes da Copa de 2014. “E até o fim do mês teremos mais notícias sobre o Parque do Cascão”, diz, com aquela cara de “plano infalível”, típica do Cebolinha.

Entre a gravação de depoimento para uma emissora de TV japonesa e a leitura de uma pilha de roteiros (missão que divide com a filha Marina), ele recebeu a coluna em sua ampla sala – decorada com toda sorte de traquitanas da Turma – na sede da MSP. Confira os melhores momentos:



Seu sobrenome é com Z. Por que trocou pelo S? Numerologia?



(risos) Olha só… (começa a desenhar um Z, depois um S, numa folha sulfite). Olha a suavidade do S, olha a dureza do Z. Como é que eu vou usar uma letra tão agressiva para falar com crianças? (risos) Num soneto que meu pai escreveu pra mim, quando eu era criança, ele grafou o sobrenome com S. Ainda estou investigando esse mistério.



Como se sente aos 76 anos?



Passou voando, nem percebi. Eu peço para os meus netos: “Me chamem de tio, vai!” (risos).



Dizem que você não dorme nunca, Mauricio. É verdade?



Quase. Ontem, por exemplo, fui até as 3h da manhã. E acordei, hoje, às 8h. Fico lendo roteiros, leio todos. Antes, fazia isso sozinho; há quinze anos, divido a missão com minha filha Marina. Ela lê antes de mim, faz uma pré-avaliação. No começo, nossas opiniões batiam; com o passar do tempo, passaram a não bater. Eu quis saber por quê. O que descobri? A Marina está certa! Raios! (risos)



Falar a língua da garotada durante tanto tempo é um desafio?



Tenho dez filhos, com diferença de quase cinquenta anos entre o primeiro e o último. Isso me ajudou muito. Tive de me atualizar sempre.



Esse olhar para o mangá tem a ver com isso?



Estava eu lá, quietinho, vendendo minhas revistas para a garotada até 14, 15 anos. De repente, percebemos que essa idade começou a cair. Os adolescentes já não se interessavam tanto, gostavam mesmo era de mangá. Ué, se curtem a Turma e mangá, por que não fazer um produto híbrido?



A Turma da Mônica Jovem parece ter ritmo de novela: o primeiro beijo da Mônica com o Cebolinha, histórias que se completam.



A ideia era essa.



Vai rolar a primeira transa deles também?



Olha, o que acontece com os personagens entre uma revista e outra é problema deles (risos). Mas essa guinada para o mangá deu mais certo do que a gente imaginava. Hoje, a Turma da Mônica Jovem é o HQ mais vendido do Brasil, com picos de 500 mil exemplares de tiragem. É muita coisa, mas sabe que podia ser bem mais…



E por que não é?



Porque ainda estamos descobrindo novas plataformas para a Turma. E temos enfrentado certo preconceito por parte de alguns pontos de venda, que tendem a rejeitar novidades. Investimos também em assinaturas e temos tido muita procura de escolas. Por isso lançamos versões em inglês e espanhol, para serem usadas em sala de aula. Na verdade, eu queria ter feito no Brasil o que estamos fazendo na China: começar pelas escolas. Isso dá uma aura… você ganha a chance de passar valores através das histórias.



Como está na China?



Acabei de ganhar um prêmio de literatura lá… Qualquer número na China é grande, né? (risos) Ou seja, a partir de agora, podemos entrar em todas as escolas chinesas. São, potencialmente, milhões e milhões de chinesinhos lendo nossos gibis. A maioria pela web. E sabe que tema para a primeira revista eles pediram por lá? História do Brasil! Eles têm uma curiosidade incrível pelo assunto! (risos) Depois, o Aleijadinho, para falar sobre superação. E Amazônia… Na Coreia também vem sendo assim. Ou seja, estamos entrando na Ásia pela veia da educação, que é uma coisa ótima. Era o que queria ter feito aqui, mas não consegui. Cinco ministros da Educação seguidos e nada! Tem de investir na base. Qualquer time de várzea sabe que é preciso cuidar da base (risos). E pela web é tudo mais fácil, econômico, ecológico. Inclusive por tablet, smartphone. Esse nosso Brasilzão precisa disso, sabe? Investir na educação usando a tecnologia.

Parece conversa de candidato.Então, pode anotar: não sou candidato (risos).



Sua parceria com o pessoal do Osamu Tezuka vai continuar?



Deve, sim. O mix deu certo. Estamos em conversação para novas aventuras. Mais focadas em ecologia… Estive, recentemente, na Amazônia, no Jari. Fui estudar a região. Nadei num rio cheio de piranha!



Deu uma de Chico Bento?



(risos) Sou do interior… vejo um rio, tenho de pular dentro. A verdade é que adoro o Astroboy (personagem mais famoso de Tezuka), o drama dele me toca muito, é muito marcante. Tive um contato muito próximo ao Tezuka, nos demos muito bem. Depois que ele morreu (em 1989), estamos negociando com a viúva, com o filho. Temos um caminho bom pela frente. Incluindo uma versão da Turma da Mônica desenhada pelos artistas do Tezuka. Ah, e estamos desenvolvendo uma revista que narra a “visita” da Turma da Mônica Jovem ao Japão – para “vender” o país pós-tsunami aos jovens brasileiros, reabrir esse turismo para o Japão.



O Neymarzinho também será publicado na Ásia?



Deve ser nosso primeiro produto mundial. Diferentemente de Ronaldinho Gaúcho, Pelezinho e Dieguito (inspirado em Maradona). O primeiro gibi do Neymarzinho sai no segundo semestre.



Pensa em desenhar o Messi?



O problema é que o Messi não tem carisma, né? É apagadão.



Só funciona dentro de campo?



É… chuta bem (risos).



E o mascote da Copa? Você gostaria de desenhá-lo?



Depois que recusaram o Pelezinho, parei de brincar (risos).



Com tanta revista sendo publicada, em algum momento você acha que o papel acabará?



Ainda demora, mas, com certeza, haverá migração para outras plataformas. Até por causa da inconveniência do formato papel. Eu apostaria num papel digital. O homem quer conforto e quer aprender sempre. Falo por mim: se criarem um papel digital e colocarem cheirinho de papel de verdade, eu leio na hora (risos). Mas não vejo alterações acontecendo tão cedo.



Você usa tablet, iPad?



Estou aprendendo… treinando. Hoje, em vez de livro de cabeceira, tenho tablet de cabeceira.



Quais os próximos planos infalíveis do Mauricio?



Um deles são minifilmes para celular, uma série chamada Turma da Mônica Toys – animações de 30 segundos, sem diálogo, para adolescentes e adultos que curtem a Turma. Pensamos muito em novas tecnologias. O que me obriga a aumentar o staff da empresa, coisa que adoro. Adoro contratar gente!



E os desenhistas que recriaram a Turma no seu aniversário de 50 anos de carreira?



Houve coisas incríveis! Já estamos no quarto volume do livro (MSP50). Agora só com artistas da casa. Mas logo no primeiro descobrimos uma nova veia, totalmente diferente para nossos personagens: graphic novel. Voltada para adultos. Um dos mais incríveis é o Astronauta, outro que ficou fantástico foi o Piteco. Estivemos, recentemente, em um congresso na Europa, da Panini, e apresentamos a ideia. Foi um sucesso.



Seu pessoal deve adorar tanta coisa pra fazer…



(risos) É uma pena que o dia tenha apenas 24 horas. De madrugada, eles me põem pra fora, me mandam pra casa dormir. Raios! (risos)



Sua assessoria de imprensa gosta quando você publica posts no Twitter de madrugada, entregando as novidades da empresa?



(os assessores olham para ele, com cara de reprovação; Mauricio faz um ar acanhado, de Chico Bento) É o tempo que eu tenho… (risos) Trabalho muito no computador, e escolhi o Twitter por causa da concisão dos 140 caracteres. Adoro concisão…



Mas você conversa com os leitores via Twitter?



Só respondo perguntas pertinentes. Senão, fica muito difícil. Ao mesmo tempo, é uma rede de informação maravilhosa. Se alguém reclama de atraso na revistinha, por exemplo, eu faço uma cópia e mando para a Panini. Funciona muito bem. A editora é que fica em pânico com os meus e-mails: “Ah, lá vem mais um do Mauricio!” (risos). Também me ajuda a descobrir produtos piratas. Encaminho os posts para nossos advogados.



Você tem quase 200 mil seguidores no Twitter. Segue muita gente?



Não, pouca. Um dos que sigo é o Paulo Coelho… para tentar descobrir como ele faz as coisas (risos)./DANIEL JAPIASSU



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domingo, 22 de abril de 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Tonico


Canhões no meio do caminho

Canhões no meio do caminho
Durante as obras de revitalização do Porto Maravilha, operários encontram dois canhões do século XVII que podem revelar uma nova história da região
Felipe Sáles
13/2/2012
Esta segunda-feira foi de muita vibração para arqueólogos e pesquisadores no Rio de Janeiro. Durante as obras de revitalização da Zona Portuária, operários encontraram dois canhões do século XVII que intrigam pesquisadores especializados no assunto.
As armas foram encontradas nesta manhã sob a Rua Sacadura Cabral, próximo ao Largo da Prainha e à Pedra do Sal. Especialista em armamento militar, o historiador Adler Homero Fonseca, pesquisador do Departamento de Patrimônio Material de Fiscalização do Iphan no Rio, esteve no local a convite dos arqueólogos que trabalham na obra. A equipe ainda não sabe a origem dos canhões, mas, segundo Adler, os equipamentos não se enquadram em nenhuma estrutura de fortificação da região – o que aumenta ainda mais o mistério, já que não há notícias de que havia um Forte na região do Porto.
“É uma estrutura muito exótica, muito antiga. Ainda não conseguimos identificar o período exato dos canhões, mas suspeitamos que seja do século XVII. Eles podem revelar que existiu na região uma estrutura de Forte até então desconhecida.
Foto Adler Homero
O Iphan ainda será acionado formalmente para estudar os equipamentos. A partir disso, um parecer prévio sobre os canhões fica pronto em até dois dias. A maior preocupação agora, porém, é manter a integridade da descoberta, já que se trata de uma das regiões mais movimentadas da cidade.

Samuel Langhorne Clemens, conhecido como Mark Twain

Samuel Langhorne Clemens, conhecido como Mark Twain (1835-1910), dois garotos, dois personagens principais do escritor, os meninos Tom Sawyer e Huckleberry Finn, protagonistas de aventuras que povoam a imaginação de jovens leitores de todo o mundo há mais de um século.
Mark Twain é considerado o pai da literatura norte americana. Seus livros serviram de referência e inspiração para obras culturais em todas as áreas, e Tom Sawyer (que emprestou o nome ao personagem de Lost) se tornou um verdadeiro símbolo do espírito da juventude. Conheça mais sobre o autor dos clássicos “O Príncipe e o Mendígo“, “Aventuras de Tom Sawyer’, e ”Aventuras de Huckleberry Finn”










Leia mais em: http://ebooksgratis.com.br/category/informacao-e-cultura/curiosidades/#ixzz1n1WroKVz

Tesouro malcheiroso

Tesouro malcheiroso



Para perfurar o primeiro poço de petróleo do país, os exploradores lutaram principalmente contra a burocracia


Em plena manhã de sábado, os baianos acordaram com as manchetes dos jornais anunciando: “Jorrou! Petróleo em Lobato!” O acontecimento pôs fim a uma grande expectativa que havia mobilizado o país, pois naquele janeiro de 1939 foi descoberto o petróleo nacional.
O fato ganhou ainda mais importância porque estava para começar outra guerra mundial, com grande risco de haver racionamento de combustível. As explorações haviam começado em 1931, quando o comerciante Oscar Cordeiro (1989-1970) e o engenheiro Manoel Inácio Bastos (1891-1940) foram averiguar notícias sobre um óleo malcheiroso em Lobato, na época um bairro afastado e pouco povoado de Salvador. Acreditando tratar-se de petróleo, não mediram esforços para perfurar um poço no local. Era o início da história do “óleo negro” na Bahia. Essas primeiras tentativas eram de caráter privado, com pouquíssimos recursos tecnológicos, bem diferentes da atual exploração do pré-sal, que conta com imenso aparato tecnológico e financeiro, com participação de capital privado e estatal.
Mas a busca pelo petróleo data de meados do século XIX, quando se procurava o carvão mineral, a principal fonte de calor que movia navios, trens e máquinas a vapor, símbolos da Revolução Industrial. Na Europa – e mais tarde também no Brasil –, o carvão fornecia o gás para os novos sistemas de iluminação. Com suas imensas jazidas, a Inglaterra detinha o controle do seu comércio mundial, mas também explorava o mundo em busca de outras reservas, como o petróleo.
Na Bahia, os primeiros indícios deste óleo foram encontrados nas explorações de carvão. As atividades mais antigas ocorreram em 1852, numa empreitada envolvendo o presidente da província, João Maurício Wanderley (1815-1889), comerciantes ingleses e baianos. Após dois anos de trabalho, as amostras foram enviadas ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que tinha entre suas funções avaliar todas as possíveis descobertas mineralógicas do país, indicando sua natureza geológica. Sobre a empreitada, o diretor do Museu, Frederico Leopoldo Burlamaqui, comentou na ocasião: “É admirável a impávida certesa que nutrem os empresários d´encontrar huma mina de carvão de pedra no lugar onde acharão o petróleo.”
Para a infelicidade dos exploradores e patrocinadores, não se tratava de carvão de pedra. As análises indicavam uma variedade de minerais combustíveis, entre os quais o petróleo. Com resultados negativos, a empreitada foi abandonada em 1859. Havia outros exploradores que também procuravam minerais na região, mas deixavam para trás suas aventuras por causa de resultados semelhantes. Ao que tudo indica, as informações acumuladas nesse primeiro momento influenciaram os descobridores de Lobato mais tarde.
A importância do petróleo como combustível ainda era pequena. No início do século XIX, mineiros nos Estados Unidos reclamavam que os poços de extração de sal estavam impregnados de um óleo malcheiroso que era utilizado basicamente para iluminação. Mais tarde, as explorações do coronel norte-americano Edwin Drake em 1859, na cidade de Tutisville, na Pensilvânia, representaram um importante marco na história do petróleo.
A partir do início do século XX, o petróleo se tornou o principal combustível da economia no mundo, superando o carvão mineral. Logo seus derivados foram usados para a expansão de uma invenção fundamental: os motores de explosão interna. Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a utilização dos primeiros aviões e carros movidos a derivados de petróleo em combate influenciou de alguma maneira no resultado a favor dos Aliados (EUA, Inglaterra e França). Além disso, o conflito provocou pela primeira vez o risco, em escala mundial, da escassez de petróleo, conscientizando governos e parte da sociedade sobre a importância de os países terem suas próprias reservas.
Mesmo depois da guerra, ao longo da década de 1920, a corrida internacional pelo petróleo se intensificou. No Brasil, o controle do fornecimento dos derivados estava com empresas como Esso, Texaco e Shell. Quando chegaram aqui, estavam interessadas em ampliar sua presença na descoberta de novas reservas.
Mas técnicos e deputados nacionalistas começaram a cobrar uma postura radical contra a presença de empresas estrangeiras no setor, em 1921, exigindo que o petróleo fosse tratado como uma questão nacional. A preocupação central era a dependência brasileira no fornecimento de combustíveis. Segundo os políticos, a legislação abria muito espaço para empresas privadas, nacionais ou estrangeiras, explorarem todo o setor. Por isso o Estado deveria garantir o controle daquela riqueza mineral.
O ministro da Agricultura, Ildefonso Simões Lopes (1866-1843), tomou partido na questão, participando da criação da Lei de Minas de 1921, que relativizava o poder privado sobre a exploração do petróleo. Em 1926, ele ainda trabalhou na revisão constitucional que colocou o setor petrolífero como item de segurança nacional, intransferível para estrangeiros. “Pela sua alta importância mundial, essa espécie de jazida requeria uma legislação especial. É chegado o momento de realizá-la com maior atenção”, declarou à época.
Na mesma ocasião, o órgão oficial responsável por pesquisas geológicas, o Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGMB), organizou um levantamento das potencialidades petrolíferas do país, especialmente no Sul e no Nordeste. Mas os resultados iniciais não foram muito animadores quanto à existência de reservas imediatas. Os técnicos insistiam em pesquisas na Bacia de Maraú, situada na Baía de Todos os Santos, e os estudos foram paralisados por falta de recursos.
A ideia de controlar o petróleo nacional predominou nos anos 1930, no primeiro governo de Getulio Vargas (1930-1937), de forma mais nacionalista e restritiva do produto. O Código de Minas, de 1934, determinava que somente empresas com acionistas brasileiros poderiam explorar o setor. Além disso, foi criado um novo órgão, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), responsável pela execução dos planos do governo para identificar novas reservas. Essa condução nacionalista se radicalizou após o golpe do Estado Novo (1937-1945), com a criação, em 1938, do Conselho Nacional de Petróleo. O órgão refletia a nova percepção do governo sobre o petróleo.
No entanto, as principais controvérsias sobre o petróleo brasileiro não vieram dos arranjos oficiais. Em Alagoas e São Paulo, o escritor e empresário Monteiro Lobato, envolvido com explorações particulares de petróleo, trazia a público outro debate: a descoberta de imensas reservas e a busca de apoio técnico junto ao governo federal. Mas, diante da postura defensiva do DNPM, partiu para graves acusações a Vargas, denunciando supostos interesses internacionais.
Na Bahia, as polêmicas estavam centradas no petróleo do bairro de Lobato. O engenheiro Manoel Inácio Bastos e o empreendedor Oscar Cordeiro registraram, juntos, a mina em cartório e criaram uma sociedade. Entusiasmados, solicitaram ao governo uma sonda e um técnico para auxiliar nos trabalhos, e enviaram suas amostras para uma análise oficial. Além de recusar o pedido, o DNPM solicitou novas amostras in natura, pois o material enviado parecia já ter sido manipulado.
A discussão ficou tensa, com acusações cada vez mais graves de incompetência e favorecimento a interesses estrangeiros. O órgão oficial se defendia afirmando que se baseava em critérios puramente técnicos: as amostras não indicavam as condições geológicas de petróleo no local. No final de 1934, enquanto Manoel Inácio Bastos se afastava para se dedicar a outras pesquisas, Oscar Cordeiro continuou sua luta na imprensa. As atenções sobre a Bahia iam crescendo, uma vez que as reservas de Monteiro Lobato não se confirmaram. E em 1936, renomados geólogos questionavam publicamente a interpretação oficial.
Diante da pressão, o DNPM deslocou uma sonda em agosto de 1937, perfurando o poço n° 153 em Lobato. No ano seguinte, Oscar Cordeiro trouxe, com a ajuda do governador, uma sonda mais potente. Finalmente, em janeiro de 1939, o petróleo jorrou na Bahia, diminuindo a ansiedade em relação à produção nacional. O primeiro campo descoberto no Brasil, mesmo economicamente inviável – a produção média em Lobato e em suas imediações estava abaixo do esperado –, abriu perspectivas sobre a existência de imensas jazidas em locais próximos. Pouco tempo depois, em 1941, na região de Candeias, eram perfurados, finalmente, os primeiros poços em escala comercial do país.
Desse modo, a riqueza do subsolo afastou parcialmente o Brasil dos males da guerra. Mas ninguém poderia imaginar que, meio século depois, petróleo e guerra se tornariam palavras quase sinônimas.
Daniel Rebouçasé coautor de História do Petróleo na Bahia (EPP, 2010).



domingo, 19 de fevereiro de 2012

Juca Paranhos: o barão bon-vivant

Juca Paranhos: o barão bon-vivant




Patrono da diplomacia brasileira, o Barão do Rio Branco - cujo centenário da morte é lembrado este ano - curtiu muito a vida até ter atuação fundamental na consolidação do território nacional

Alexandre Belmonte


6/2/2012

Corre o ano de 1862 e a boemia acadêmica está no seu apogeu: o Romantismo está em toda a parte. No quarto de uma república na esquina do Beco dos Cornos, em São Paulo, o futuro barão dorme com a cabeça apoiada num velho paletó, enfiado a socos numa fronha, após uma noite de algazarra. A luz é de velas, postas em gargalos de garrafa. Uma ruidosa comemoração acaba de acontecer.

Sim, estamos falando de José Maria da Silva Paranhos Junior, o barão do Rio Branco – ou Juca Paranhos, para os íntimos. Como lembra Marcio Tavares D’Amaral, em "O Barão do Rio Branco" (Editora Três, 1974), as bagunças aconteciam “a qualquer propósito ou sem propósito algum”. Nada que um banho frio não curasse: Juca costumava se banhar, nu em pelo, no rio Tamanduateí.

Saraus literários, serenatas noturnas com flauta, violão e cavaquinho, e um jovem pela primeira vez longe dos pais, numa cidade estranha. O futuro barão vivia numa república com outros jovens, que o definiam como um “colega agradável, sempre alegre, pronto para as festas e brincadeiras”. A cavalo, ia até a Penha, a Pinheiros e ao Ipiranga. Presença constante em teatros, circos, corridas de cavalo, bailes, e também em procissões e missas cantadas. Na livraria Garraux ou em alguma confeitaria, passava horas a conversar. Vai para o Recife, conclui o bacharelado e parte para a Europa, com um prêmio de loteria de 12 contos de réis nos bolsos!

• 'Uma vida perdida de boêmio'

Seus hábitos pareciam incomodar muita gente. Era vaidoso, usava cabelos longos, penteados para trás, e uma solene sobrecasaca. Gostava de vestir-se bem, e dizem que era elegante e polido, de uma beleza quase feminina. Luís Viana Filho, um de seus biógrafos, chega a dizer que “nada o deliciava mais do que a indiscrição de um decote, permitindo-lhe avançar o olhar sobre um belo colo”. Ainda no Colégio Pedro II, o futuro barão iniciava sua vida sentimental de mãos dadas com uma menina da sua idade – mas era ainda tão criança que seu pai, o visconde do Rio Branco, ia buscá-lo na saída da escola.

No Rio, o barão passava várias noites em teatros e cafés, e muitos diziam que levava “uma vida perdida de boêmio”. Almoçava às 3 da tarde e jantava de madrugada, na companhia das atrizes do Teatro Alcazar. É aí que, em 1872, apaixona-se pela atriz belga Marie Stevens. O primeiro filho do casal nasce um ano depois, em Paris, e Juca faz com que ela regresse prontamente ao Brasil. Somente após dois anos é que sua mãe aceita batizar o pequeno Raul, e mesmo assim por procuração.

Nascem mais filhos, e a princesa Isabel, valendo-se da ausência do pai, assina seu ato de nomeação de cônsul em Liverpool. Marie vai para Paris com as crianças, enquanto Juca se prepara para ir a Liverpool. Nesse ínterim, apaixona-se pela sobrinha do Duque de Caxias, Maria Bernardina, “um anjo de beleza” de apenas 15 anos. Vai para Liverpool e passa seu tempo entre seus afazeres na cidade inglesa e sua vida familiar em Paris. Escreve a um amigo italiano, em 1877, dizendo que a situação não vai bem com a “marechala”: não consegue romper seu casamento com Marie e desposar Maria Bernardina. “É muito difícil, muito doloroso para um pai não saber qual será o destino e o futuro dos seus filhos”, desabafa.






























domingo, 8 de janeiro de 2012

Kodak se prepara para pedir concordata

Kodak se prepara para pedir concordata
5 de janeiro de 2012
12h49
Nayara Fraga
Atualizado às 20h12
A Kodak, empresa do segmento fotográfico fundada em Nova York há 131 anos, está se preparando para pedir proteção à falência, segundo o The Wall Street Journal. Apesar de tentar evitar a concordata por meio da venda de 1.100 patentes, a companhia já conversa com bancos sobre US$ 1 bilhão em financiamento para se sustentar durante o processo de recuperação judicial.-

A história da Kodak – linha do tempo
Pessoas próximas ao assunto afirmaram ao diário que o pedido de concordata pode ocorrer já em fevereiro. O fato, para o jornal, entraria para a história como uma “decadência impressionante de uma empresa que já esteve no ranking dos grandes titãs do mundo corporativo americano”. Um porta-voz da Kodak não quis comentar “rumores ou especulação de mercado”.
O diário lembra que a Kodak atraía engenheiros talentosos de todos os cantos dos Estados Unidos para sua sede, em Rochester, Nova York (veja foto acima), e investia dinheiro em pesquisas que produziram milhares de avanços em imagem e outras tecnologias. “A companhia, por exemplo, inventou a câmera digital, em 1975, mas nunca conseguiu capitalizar com a nova tecnologia”, diz o Journal.
No período de concordata, a Kodak continuaria a operar normalmente, mas o foco seria a venda das patentes em um leilão com supervisão judicial. A empresa emprega 19 mil pessoas, cujo destino agora está envolto em dúvidas.
Essa incerteza, segundo o diário americano, era impensável na Kodak. Seu quase monopólio no setor de filmes fotográficos produziu altas margens de lucro que a companhia costumava compartilhar com seus funcionários. Era tradição, firmada pelo fundador George Eastman, distribuir bônus com base nos resultados dos trabalhadores, e eles “usavam os cheques para comprar carros e comemorar em restaurantes luxuosos”, conta o Journal.
Exclusão
Outro sinal de que a outrora líder do segmento fotográfico está em momento delicado é a possibilidade de exclusão da empresa da Bolsa de Nova York. Isso pode ocorrer caso ela não consiga um aumento no preço de suas ações, cotadas a US$ 1 há mais de 30 dias consecutivos.
Em 1997, a ação da Kodak custava US$ 90. Na última sexta-feira, o papel fechou a US$ 0,76. A empresa tem seis meses para obter um preço de fechamento de, pelo menos, US$ 1 no último dia útil de qualquer mês, e preço médio de ao menos US$ 1 nos 30 dias úteis de operação anteriores.
Fotógrafos
Dada a força do nome Kodak no segmento fotográfico, natural que fotógrafos lamentem o cenário obscuro em que se encontra a empresa com a qual um dia eles estabeleceram vínculo. “Fotógrafos se preparam para a provável morte da companhia que foi uma âncora de suas vocações por toda a vida, embora nenhum deles se demonstre surpreso”, diz o Washington Post, em referência a mensagens desses profissionais no site de microblogging Twitter.
“Triste saber que um dia nossas crianças não entenderão a frase ‘Kodak Moment’”, disse o perfil de @RebeccaCarelli no site. “Momento Kodak” era o mote publicitário usado pela empresa para definir uma cena que merecia ser fotografada.
A ironia de ser a criadora do equipamento responsável por sua própria decadência ganhou tom de piada no site de tecnologia Cnet, uma das publicações de destaque do setor. “Obrigado, Kodak, por inventar a fotografia digital e destruir sua linha principal de produtos. O jeito é tirar uma (foto) para a equipe”, dizia o cartão eletrônico feito pelo site.
O Cnet afirma que rumores em Taiwan sugerem que a empresa fará ainda menos câmeras no próximo ano, já que ela não pode mais acompanhar o ritmo de Canon, Sony e Nikon.

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domingo, 1 de janeiro de 2012

Daniel Piza









HOMENAGEM À DANIEL PIZA, SUAS ÚLTIMAS PALAVRAS NO "O ESTADÃO"
QUANDO ELE ESCREVEU AS LINHAS ABAIXO.jornalismo/ crítica28.dezembro.2011 07:57:05




Inté
Parada de fim de ano. Volto no dia 11.
Feliz 2012 para todos nós.





O corpo do jornalista Daniel Piza, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na última sexta-feira, foi enterrado no Cemitério de Congonhas, em São Paulo, por volta das 11h deste domingo.
Ele estava reunido com sua família na cidade de Gonçalves, interior de Minas Gerais, para as festas de fim de ano, quando começou a passar mal. Piza, de 41 anos, foi atendido de imediato pelo pai, que é médico, mas não resistiu.
Conhecido do grande público por suas participações no programa "Redação Sportv", do canal "Sportv", o jornalista tinha uma coluna no jornal "O Estado de São Paulo", onde começou sua carreira e atuava como editor-executivo. Ele também trabalhou nos jornais "Folha de São Paulo" e "Gazeta Mercantil". Daniel Piza escreveu 17 livros, voltados para o jornalismo e História.
Piza deixa a mulher, a também jornalista Renata Piza, e três filhos, Letícia, de 14 anos, Maria Clara, de 10, e Bernardo, 6.


Daniel Piza, que nasceu em São Paulo em 1970 e estudou Direito no Largo de São Francisco (USP), começou sua carreira de jornalista em O Estado de S. Paulo (1991-92), onde foi repórter do Caderno2 e editor-assistente do Cultura. Trabalhou em seguida na Folha de S. Paulo (1992-95), como repórter e editor-assistente da Ilustrada, cobrindo especialmente as áreas de livros e artes visuais. Foi editor e colunista do caderno Fim de Semana da Gazeta Mercantil (1995-2000). Em maio de 2000, retornou ao Estado como editor-executivo e colunista cultural; desde 2004 assina também uma coluna sobre futebol. Traduziu seis títulos, de autores como Herman Melville e Henry James, e organizou seis outros, nas áreas de jornalismo cultural e literatura brasileira. Escreveu 17 livros, entre eles Jornalismo Cultural (2003), a biografia Machado de Assis - Um Gênio Brasileiro (2005), Aforismos sem Juízo (2008) e os contos de Noites Urbanas (2010). Fez também os roteiros dos documentários São Paulo - Retratos do Mundo e Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides.





Livros de Daniel Piza já publicados
A maioria deles pode ser encontrada nos sites da Livraria Cultura (www.livcultura.com.br) e da Fnac (www.fnac.com.br)
Autoria
FICÇÃO
"As Senhoritas de Nova York - Descoberta de Pablo Picasso" (FTD, 1996)
"Mundois" (Bei, 2001)
"Noites Urbanas - Contos" (Bertrand Brasil, 2010)
COLETÂNEAS
"Questão de Gosto - Ensaios e Resenhas" (Record, 2000)
"Ora, Bolas - Da Copa de 98 ao Penta" (Nova Alexandria, 2003)
"Perfis & Entrevistas" (Contexto, 2004)
"Contemporâneo de Mim –Dez Anos da Coluna Sinopse" (Bertrand Brasil, 2007)
"Aforismos sem Juízo" (Bertrand Brasil, 2008)


ENSAIOS E REPORTAGENS
"Leituras do Brasil" (Talento, 2003) - www.ecofuturo.org.br
"Jornalismo Cultural" (Contexto, 2003)
"Mistérios da Literatura - Poe, Machado, Conrad e Kafka" (Mauad,2005)
"Amazônia de Euclides" (Leya, 2010)
"Dez Anos que Encolheram o Mundo" (Leya, 2011)


PERFIS E BIOGRAFIAS
"Ayrton Senna - O Eleito" (Ediouro, 2003; edição italiana:Italia Nuova Editori, 2004)
"Paulo Francis - Brasil na Cabeça" (Relume Dumará, 2004)
"Machado de Assis - Um Gênio Brasileiro" (Imprensa Oficial,2005)
LIVROS PATROCINADOS
"Academia Brasileira de Letras - Histórias e Revelações"(Dezembro Editorial, 2003)
"Viagem pela Medicina Brasileira" (Ediouro/ Dezembro Editorial, 2009)
"Chile e Brasil" (Ediouro/ Dezembro Editorial, 2010)
"Carlos Chagas - A Ciência nos Trópicos" (Ediouro/ Dezembro Editorial, 2010)
TEXTOS DE CATÁLOGO
"Gianguido Bonfanti" (2002; edição francesa: Acatos, 2005)
"Isay Weinfeld" (Viana & Mosley, 2006)
Participação em livros
"O que conservam os conservadores?" , in "O Terror - Revista de Filosofia Política" (Jorge Zahar, 2002)
"Dois gêneros separados pela mesma língua", in"Jornalismo e Literatura - A Sedução da Palavra" (Escrituras, 2003)
"A terceira margem do jornalismo cultural", in "Um País Aberto - Reflexões sobre a Folha de S.Paulo e o Jornalismo Contemporâneo"(Publifolha, 2003)
"Em Branco e Preto - Artes Brasileiras na Folha 1990-2003" (6 textos, Publifolha, 2004)
"Veredas da Mente" , in "Imaginação" (AMA - Talento, 2004)
"Abertura para o Futuro" , in "Ciência, Tecnologia e Educação" (Unesco, 2004)
"Uma atração cultural transatlântica", in "Embaixada Brasileira em Paris" (Dezembro Editorial, 2005)
"Não-ficção", in "Cultura & Elegância"(Contexto, 2005)
"Educação pelo Outono", in "Contos para Ler Ouvindo Música" (Record, 2005)
"Pensata" (7 textos, Continente Multicultural, 2005)
"Golpe de Vista" , in "11 Histórias de Futebol"(Nova Alexandria, 2006)
"The Place of Machado de Assis in the Present", in "The Author as Plagiarist - The Case of Machado de Assis" (University of Massachusetts Dartmouth, 2006)
"As Lições de Kilimanjaro", in “A Vida que a Gente Quer Depende da Vida que a Gente Leva” (Instituto Ecofuturo, 2006)
"A Vez da Bola"(com Lourenço Diaféria e Ivan Angelo, Lazuli, 2006)
"Esse Mundo Chamado João", in "Quartas Histórias" (Garamond, 2006)
"Arquitetura da Memória - Milton Hatoum"(2 textos, Editora UFAM, 2007)
"Capitu É a Música", in "Quem É Capitu" (Nova Fronteira, 2008)
"Ledinha", in "Capitu Mandou Flores" (Geração Editorial, 2008)
"Bola de Meia", in "A Cabeça do Futebol" (Casa das Musas, 2009)
Audiolivro
"Machado de Assis - Vida e Obra" (Universidade Falada, 2008)
Roteiros
"São Paulo - Retratos do Mundo" (Dezembro Filmes, dir. Flávio Frederico, 2004)
Colaboração: "Capitu" (TV Globo, dir. Luiz Fernando Carvalho, 2008)
"Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides" (TV Estadão, dir. Felipe Machado, 2009)
Colaboração: "Caro Francis" (Imovision, dir. nelson Hoineff, 2009)
Organizações
"Waaal - O Dicionário da Corte de Paulo Francis" (Companhia das Letras, 1996)
"O Teatro das Idéias de Bernard Shaw" (Companhia das Letras, 1996)
"Cinco Mulheres", de Lima Barreto (Paz e Terra, 1997)
"Trechos de Os Sertões", de Euclides da Cunha (Paz e Terra, 1997)
"A Vida como Performance" , de Kenneth Tynan (Companhia das Letras, 2004)
"Dentro da Baleia - Ensaios", de George Orwell (Companhia das Letras, 2005)
Traduções
"Benito Cereno", de Herman Melville (Imago, 1993)
"A Máquina do Tempo", de H.G. Wells (Nova Alexandria, 1994)
"Jesus", de Jacques Duquesne (Geração Editorial, 1995)
"A Arte da Ficção", de Henry James (Imaginário, 1995)
"Primeiros Encontros", de Edward Sorel (José Olympio, 1995)
"O Agressor Sexual", de Matthew Stadler (Geração Editorial, 1996)


Participação em traduções
"O Perigo da Hora - The Nation", com Hamilton dos Santos (Scritta, 1994)
"Big Loira", de Dorothy Parker, com Ruy Castro (Cia das Letras, 1995)


Prefácios e Orelhas
"Os Desastres da Guerra - Goya" (Imaginário, 1995)
"Ouvindo Cézanne, Degas, Renoir" (Civilização Brasileira, 2000)
"O País da TV", de Gonçalo Júnior (Conrad, 2001)
"Homens de Ciência", de Alessandro Greco (Conrad, 2001)
"A Vida com a TV", org. Luiz Costa (Senac, 2002)
"Sociologia do Futebol", de Richard Giulianotti (Nova Alexandria, 2002)
"Cabeça de Papel", de Paulo Francis (W11, 2002)
"Esboço para um Auto-retrato" , de Bernard Berenson (Bei, 2003)
"A Leitura e seus Lugares" , de Julio Pimentel Pinto (Estação Liberdade, 2004)
"Este Lado do Paraíso" , de F. Scott Fitzgerald (Superclássicos, 2004)
"Dentro das Marés" , de Joseph Conrad (Revan, 2005)
"O Homem X", de Bruno Paes Manso (Record, 2005)
"O Valete de Espadas", de Gerardo Mello Mourão (Lazuli, 2007)
"Lendas e Notas de Viagem", de Ermano Stradelli (Martins Fontes, 2009)
"Bacana Bacana", de Felipe Machado (Seoman, 2009)
"O Grande Jogo de Billy Phelan", de William Kennedy (Cosac Naify, 2010)