terça-feira, 29 de março de 2011

Xuxa Maria da Graça Meneghel

‘Estou velhinha para saber o que quero’
23 de dezembro de 2010
Categoria: Celebridades, Entrevistas, TV
Aline Nunes Jornal da Tarde
Nos anos 80, a gaúcha Maria da Graça Meneghel desfilou pelo Brasil e estampou mais de 100 capas de revistas – por causa do trabalho de modelo e de seu namoro com Pelé. A convite do diretor Maurício Shermann, Xuxa – como viria a ficar conhecida – estreou na TV Manchete em 1983, no Clube da Criança. Três anos depois, foi para a Globo apresentar o Xou da Xuxa. Em poucos anos, conquistou o título do qual ela tanto se orgulha: rainha dos Baixinhos.
Hoje, aos 47 anos, Xuxa já gravou 16 discos para o seu público. Só com Xou da Xuxa (1988), vendeu 3,2 milhões de cópias. Em 1991, a revista Forbes apontou a brasileira na 37ª posição do ranking do show business internacional, com um faturamento de US$19 milhões por ano, à frente do astro Mel Gibson.
Ano que vem, ela completará 25 anos de Globo, sem fazer o sucesso de outros tempos. Os números comprovam. Hoje, seu programa, TV Xuxa, exibido aos sábados, rende audiência média de 10 pontos, contra os 24 pontos que a apresentadora dava em 1991. Ela se defende, dizendo que nem as novelas dão o mesmo Ibope de antes. É verdade. Mas as novelas não tiveram queda tão forte. Há dez anos, O Clone teve média de 48 pontos. Hoje, Passione tem dado 35 pontos, queda de 27% na audiência – bem menos que os mais de 50% sofridos por Xuxa.
Em entrevista ao JT, a apresentadora – que terá um especial de Natal, amanhã, às 21h55, na Globo – fala da sua atuação à frente da Fundação Xuxa Meneghel, que luta pelos direitos de jovens e adolescentes, da relação com a filha, Sasha, 12 anos, e se esquiva quando o assunto é vida amorosa. Confira:
Este ano, a Fundação Xuxa Meneghel completa 21 anos. Qual a maior dificuldade que passou com a instituição?
O fato de deparar com novas necessidades. As crianças precisam de tecnologia, de novos suportes para o desenvolvimento. Há sete anos, eu não recebia nenhuma ajuda. Agora, temos pessoas que sonham comigo. Quando várias pessoas sonham juntas, o resultado é muito melhor. Sempre que posso, vou lá. A Sasha já foi comigo algumas vezes. Mas ela tem as atividades dela. Por isso, durante a semana não sobra muito tempo.
Você pretende fazer outras ações beneficentes, como a que fez no Maracanãzinho, que vai ao ar amanhã, na Globo?
É o segundo show de Natal que fazemos lá. Se puder, quero fazer sempre!
Voltando à Sasha… você é o tipo de mãe controladora?
Se for necessário, sou, sim. Mas sempre respeitando o espaço da minha filha.
Preocupa-se da Sasha seguir seus passos?
Ela vai seguir o caminho que quiser. Eu sempre estarei por perto.
O que nunca deixaria a Sasha fazer?
Algo que a machuque.
Como é a sua relação com o pai dela, Luciano Szafir?
Melhor impossível!
O que você gosta de fazer com Sasha e nas suas horas livres?
Ficar com ela já é um ótimo programa. Ver filmes, viajar, brincar. Tudo é bom.
Do que mais você sente saudade da sua época de criança?
Do cheiro, do gosto das frutas, de poder comer tudo, de não ter grandes preocupações. Só precisava tirar notas boas.
Que hábitos preservou da época em que vivia no Rio Grande do Sul?
Não bebo chimarrão nem como carne. Mas o sotaque até hoje me persegue.
Seu pai lhe deu o nome de Maria da Graça em homenagem à Nossa Senhora da Graça. Você é devota de algum santo?
Eu sou católica e creio em Deus acima tudo. Respeito muito todas as religiões, mas rezo pros meus santos: São Judas Tadeu, Nossa Senhora Desatadora dos Nós, Nossa Senhora das Graças, São Francisco
Qual foi o momento mais difícil da sua vida? Por quê?
Não gosto de falar de momentos difíceis, eles já passaram.
E o que já fez e se arrependeu?
Acreditar demais nas pessoas.
Pensa em parar de trabalhar com o público infantil?
Com certeza, um dia isso vai acontecer. Quando? Não sei.
Gostaria de ter mais espaço na Globo?
A Globo sabe o que é melhor pra mim e pra eles. Estou tranquila.
Você já teve programas com Ibope elevado. Hoje, o quadro é outro. Sente falta de render altos índices de audiência?
Como no passado? Nem novela dá mais Ibope como antes. Isso não pode ser preocupação do artista, e sim dos diretores. Trabalho com diretores que brigam por mim: Roberto Talma e Mariozinho Vaz.
O que gostaria de fazer na TV?
Acho que já fiz de tudo um pouco.
Como se vê no trabalho e na vida pessoal daqui a 10 anos?
Com 57 anos, com muito mais experiência, mais madura e com mais histórias pra contar. Mas sem botox.
Por ser uma pessoa pública, sempre existem especulações em torno da sua vida amorosa. Como lida com isso?
Eu? Muito bem. Acho que a imprensa é que precisa lidar melhor com a minha vida amorosa.
Você tem medo de dar início a um relacionamento amoroso, por causa da repercussão?
Como assim? Você acha que se eu quiser ficar com alguém eu deixo de ficar porque podem falar? O que é isso? Se eu tivesse 20 anos, até poderia me preocupar com isso. Mas estou bem velhinha pra saber o que eu quero, quando e como.
Você está solteira?
Nunca casei.
O que falta acontecer na sua vida?
Falta viver tudo o que Deus me reservou.



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